Embora possui dois significados: funciona ora como advérbio, ora como conjunção.
1) Embora (advérbio): aparece depois do verbo IR conjugado em qualquer tempo; significa retirar-se "em boa hora"; reforça a ideia de sair de um lugar. Ex.: Eu vou embora depois do almoço.
2) Embora (conjunção): é uma conjunção concessiva, ou seja, uma daquelas palavrinhas que ligam uma frase à outra, no caso, com a ideia de apresentar um fato contrário à ação principal, mas incapaz de impedi-la. É sinônimo de: ainda que, mesmo que, apesar de que (aunque, no obstante, sin embargo). Ex.: Ela foi aprovada, embora não tenha estudado muito.
A seguir, apresento uma música maravilhosa para cantar, treinar a pronúncia e prestar atenção no uso da palavra embora! O cantor e compositor é o Lenine, Pernambucano gênio da poesia, voz deslumbrante que toca nossa alma com sua língua... Vai aí o vídeo e logo abaixo a letra para acompanhar:
O último pôr-do-sol
A onda ainda quebra na praia,
espumas se misturam com o vento.
No dia em que ocê* foi embora,
eu fiquei sentindo saudades do que não foi
lembrando até do que eu não vivi
pensando em nós dois.
Eu lembro a concha em seu ouvido,
trazendo o barulho do mar na areia.
No dia em que ocê foi embora,
eu fiquei sozinho olhando o sol morrer
por entre as ruínas de santa cruz lembrando nós dois.
Os edifícios abandonados,
as estradas sem ninguém,
óleo queimando, as vigas na areia,
a lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos,
por entre os dedos da minha mão
passaram certezas e dúvidas.
Pois no dia em que ocê foi embora,
eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,
o último homem no dia em que o sol morreu.
*Ocê: modo popular de dizer "você", usado com mais frequência na Região Nordeste (NE) e no Estado de Minas Gerais (MG).
A onda ainda quebra na praia,
espumas se misturam com o vento.
No dia em que ocê* foi embora,
eu fiquei sentindo saudades do que não foi
lembrando até do que eu não vivi
pensando em nós dois.
Eu lembro a concha em seu ouvido,
trazendo o barulho do mar na areia.
No dia em que ocê foi embora,
eu fiquei sozinho olhando o sol morrer
por entre as ruínas de santa cruz lembrando nós dois.
Os edifícios abandonados,
as estradas sem ninguém,
óleo queimando, as vigas na areia,
a lua nascendo por entre os fios dos teus cabelos,
por entre os dedos da minha mão
passaram certezas e dúvidas.
Pois no dia em que ocê foi embora,
eu fiquei sozinho no mundo, sem ter ninguém,
o último homem no dia em que o sol morreu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Então,